30.4.07
29.4.07
LenitahUP Ling em Marrocos
Ainda deu para conversar um pouco com um avatar que escondia por tràs um marroquino da RL. Pois bem, até em Casablanca à SL!!! (brincadeira)
Agora só em jeito de curiosidade. Hoje dei por mim a olhar para uma montra e ao ver uma camisola lilás pensei "esta camisola é a cara da Lenitah!". Isto é normal acontecer, certo? Mas nunca me aconteceu a pensar na Lenitah... sempre fazia estas associações com pessoas da RL. Foi engraçado, por isso é que estou a partilhar.
28.4.07
LiliUP Ling | Democracia em SL
Gwyneth Llewelyn é uma dessas pessoas, faz parte um partido político em SL e esteve-me a explicar mais ou menos como funciona.
Se o modelo que prevalece em todo o SL é: «A ilha tem um dono, o resto paga para ter um espaço. Se se chateiam como dono, vão-se embora e alugam noutro sítio.» Ora democraticamente, a organização é outra: «O conceito é simples: entras com dinheiro para comprar um pedacito de terra, tens um voto, podes ser eleita para o "governo" ou eleger o “governo”. "governo" esse que trata da organização, e de recolher o dinheiro de toda a gente para pagar as ilhas, assim como de manter as coisas limpinhas, projectar novas ilhas, etc. Se não gostas deles, nas próximas eleições, votas noutras pessoas.»
Há eleições governamentais, eleições que elegem não pessoas, mas partidos/programas políticos. Duas vezes por ano, as pessoas interessadas juntam-se, formando uma “facção” e candidatam-se a lugares na Assembleia de Representantes, onde por 6 meses governam tudo. Desta forma, vêem o poder nas pessoas que vivem ali, dividido por todos, já que quem governa é eleito por eles próprios como seus representantes.
Este modelo é actualmente aplicado em dois espaços SL, Neufreistadt e Colonia Nova, funciona há dois anos e meio e já conta o 6º governo constituicional!
[18:59] Gwyneth Llewelyn: 99.999999999% do SL é um misto de anarquia, libertarianismo, e capitalismo laissez faire :)
[18:59] Gwyneth Llewelyn: Nós somos os 0.0000000001% que são pouco originais e são democráticos, organizados num estado de direito ;)
Para saberem mais: http://wiki.neufreistadt.info
Esta conversa já tem seguramente cerca de um mês! Entretanto fui adiando o post (shame on me)... Hoje que reencontrei a Gwyneth Llewelyn em Colonia, achei que estava mais do que na hora! Obrigado, Gwyneth!
26.4.07
PalUP Ling | Hedonismo?
Se assim fôr, como co-existe o carácter "colaborativo" habitualmente proposto nesse ambiente com uma atitude virada para nós próprios?
Servirá, para contextualizar, a reflexão de Teresa de Sousa no "Público" de 25 de Abril sobre Ségolène, que refere a candidata como símbolo da hiper-modernidade, pós-ideológica e pós-doutrinária?
25.4.07
SylviaUP Ling | E entre nós, alunas?
Mas e entre nós, alunas? Será que o SL contribui para que nos conhecêssemos melhor? Para nos entendermos melhor? Será que em SL conseguimos revelar mais a nossa personalidade e as nossas características? Ficamos a conhecer-nos melhor depois das experiências em conjunto no SL? Que vos parece?
(É óbvio que o Pal também pode responder lol)
LiaUP Ling | Viagens
Durante as ultimas semanas tenho visitado diversos sítios em SL que me encantaram sobretudo pela beleza do próprio local. Sítios onde podemos relaxar, ver coisas diferentes, dar asas ao nosso lado mais místico ou fantasiar com objectos que não existem em RL.
Ansiando por experimentar situações diferentes da RL decidi procurar locais de pura fantasia.. fadas, elfos, magia.. foram algumas das palavras que inseri no motor de busca e encontrei um local muito simpático chamado Shire, este nome chamou imediatamente a minha atenção por estar ligado aos livros de Tolkien. O Shire é um local místico onde podemos encontrar fadas, elfos, cavalos alados (etc) e podemos também deliciarmo-nos com as vistas absolutamente mágicas que nos levam a um mundo encantado só existente em sonhos.
Viajei também ate um local chamado kamba-fire-and-water, ai vendem-se fontes e objectos bastante “Zen” para todos os gostos. O que me interessou realmente nesta ilha foi a beleza dos objectos e como podemos sentir-nos relaxados com o som da água destas fontes.
24.4.07
LiliUP Ling | Greenpeace
23.4.07
LenitahUP Ling com Novo Visual
22.4.07
PalUP Ling | Top Ten Popular Places
02. CHARMS FUN CENTER - Cars, Shopping, Camping and more ..... - 128.996
03. PHAT CAT'S JAZZY BLUE LOUNGE#1 Romantic Ballroom Formal mall - 127.139
04. KONG WORLD - 120.279
05. A VIRTUAL FESTIVAL - Festival Island - 118.875
06. Neva Naughty, Free Sex Orgy Room XXX (Bedroom,Kitchen,Bathroom) - 116.923
07. REFF ISLAND GAMING AND MALL (SPACE AVAILABLE TO RENT) - 115.144
08. ELEMENTS at Goddess of Love3, The Best Looking Club in SL - 106.985
10. NUDE BEACH, MALL & FREE SEX AREA - 103.671
LenitahUP Ling | Expressões
PalUP Ling | reflexão momentânea
- as respostas às fichas que vos envio regularmente em SL (e que agradeço imenso se puderem responder na íntegra) são uma importantíssima forma de recolha de informação numa perspectiva de investigação qualitativa online pela qual me interesso, e nas quais o anonimato é um pressuposto fundamental
- no blog, temos oportunidade de utilizar outro tipo de ferramenta de análise, do tipo diário/depoimento, não anónimo, e que tem despertado enorme interesse por parte de quem nos visita
- nas aulas, temos oportunidade de registar informação de um terceiro tipo, entrevista/coloquial, e que permite contextualizar a comunicação e o discurso de uma forma distinta (instintiva, imediata,...)
Após estas considerações, proponho o seguinte:
- que nos comentários a este post cada um responda OBJECTIVA e SUCINTAMENTE à pergunta da Sílvia: O QUE PRETENDO DE SECOND LIFE?
Fico a aguardar os vossos comentários, que devem responder apenas à questão e não comentar os outros comentários :)
LenitahUP Ling num Jardim Romântico
Bonito era puder ver em todos os cantinhos do jardim casais a namorar.
SylviaUP Ling | O que pretendo do SL?
Através do SL pretendo usufruir de um palco, possível neste "novo mundo", onde posso criar um avatar, uma personagem independente de mim, com personalidade própria e com atitudes distintas das minhas? Pretendo usar o SL como um meio vantajoso de aprendizagem, que me ajuda a intervir mais nas aulas? Utilizo o SL e o meu avatar como um meio, uma ferramenta, que me permite viajar por este mundo virtual, conhecer outras pessoas, usufruir de locais que não existem ou me estão longe na vida real, enriquecendo-me a mim mesma com essas experiências? Uso o SL para montar um negócio e enriquecer na vida real? Pretendo usar o SL para difundir uma ideologia, propagandear um movimento? Utilizo o SL para poder usufruir das potencialidades deste mundo virtual, nomeadamente "recriando-me" fisicamente e desfrutando de possibilidades como o vôo e o teleporte?
...
Considero importante primeiramente reflectirmos sobre o que pretendemos do SL e como o usamos e o encaramos se quisermos chegar a qualquer conclusão sobre quem somos em SL, se o SL modifica em algum aspecto a nossa personalidade ou se conseguimos ser exactamente iguais ou totalmente diferentes em real life e em second life.
18.4.07
PalUP Ling | Trabalhos
A existência de opiniões diversas e, por vezes, contraditórias, vem confirmar a ideia de que, através da nossa (con) vivência em SL, temos todos ficado mais ricos de conhecimento. Não porque estamos a usar uma ferramenta "gira" ou um "jogo", mas sobretudo porque estamos a pôr em causa paradigmas de comunicação professor/aluno que estão profundamente assimilados pelas nossas experiências passadas.
A vossa dedicação revela a pertinência do que disse antes, e dá-nos alento para continuar essa reflexão e essa experienciação, em contexto educativo e não só.
"PalUP Ling está a gostar da experiência!"
17.4.07
SummUP Ling | SL » RPG
É mais do que sabido que o SL é um RPG, um local onde podemos fazer qualquer coisa que imaginemos. Claro está que esta é uma versão optimista mas eu prefiro ir por esse caminho. A imaginação é, então, o nosso limite e, como para esta não existem barreiras, é seguro afirmar que no SL tudo é possível e, como diria o meu colega virtual "Razzman",: "and if it's not yet created, you can imagine it and then do it yoursef". Somos as personagens centrais deste "mundo virtual" que é mais uma junção de MSN, mIRC – vulgo, chats virtuais – com um jogo de Playstation (recordando “The Sims”, por exemplo), tão em voga actualmente e quase indispensável em casa de qualquer adolescente "viciado" em jogos de consola/computador.
Role playing game, por extenso, assenta numa definição-base: "um jogo no qual os jogadores assumem papéis de personagens e movem-se em fantásticos ambientes de aventuras, cujos resultados são parcialmente determinados tanto por probabilidades como pelo lançamento de dados" (in http://www.answers.com/topic/role-playing-game ).
Assim sendo, na minha opinião, faz todo o sentido estabelecer uma comparação entre mundos possibilitados pelos jogos "destinados" à comercializada Playstation, ou outras marcas de consolas, e o SL. Inicialmente e após um prévio registo, é-nos pedida a criação de um avatar ao qual damos os atributos que desejamos, o qual moldamos segundo a nossa imaginação e vontade, não sendo para aqui chamada a questão de ser semelhante, ou não, à nossa própria "imagem real". O que se torna deveras relevante é o facto de, ao carregar num simples botão denominado "Connect", podermos dar entrada a um novo mundo. Um mundo virtual onde as semelhanças com o real são claras em alguns ambientes, onde pessoas de todo o mundo se encontram e interagem entre si através de "figuras" (humanas ou não), onde é possível criar objectos, edifícios, reproduzir locais reais ou improvisar outros novos, voar, assumir determinados comportamentos, em suma, onde é possível dar asas à imaginação… Há um ecrã, existem pessoas, subsistem níveis, ainda que pautados pelos objectivos que impomos a nós próprios e, consequentemente, à personagem que criamos… Mesmo que a diferença entre um jogo perfeitamente jogável na Playstation e este mundo alternativo esteja marcada por um modo "offline" e outro "online", respectivamente, existe, implícita ou explicitamente, o conceito de jogabilidade no Second Life.
Comparando o botão virtual "Connect" existente no painel de entrada do Second Life ao botão "Power" ou "On/Off" da referida Playstation, eu reconheço que é através dele que dou entrada a um novo jogo, a meu ver fascinante pelo simples facto de cada dia ser um dia diferente, onde irei, certamente, a lugares diferentes e conhecerei novas pessoas. Vou, decerto, partir em busca de novos locais, adquirir e/ou comprar novos outfits, partilhar objectos e assumir comportamentos, manipulando a minha personagem, aquela que eu criei para assumir o controle.
Estes são, no meu caso, os níveis que estabeleço para a minha figura e, neste aspecto, podemos assegurar semelhanças com a vida real. Sei que jogo com ela porque interajo com outras personagens que, por sua vez, estabelecem os seus próprios níveis. Todo este processo é cíclico e personalizável, uma vez que "somos todos diferentes". Trata-se de um jogo com proporções universais, onde eu sou sempre a figura principal e cada pessoa que eu conheça é a personagem central do seu próprio jogo.
Concluindo, eu defino, embora não de uma forma redutora, o Second Life como um RPG para um número massivo de utilizadores.
15.4.07
LenitahUP Ling | férias da Páscoa
Encontrei um jardim fantástico e com uns pormenores mágicos, bem como o ambiente. Falo-vos do Dark Paradise. E se de um lado tinha um jardim e espaço a céu aberto interessante para relaxar, do outro lado temos uma loja de móveis de estilo clássico. Ainda perdi lá algum tempo a experimentar os sofás e tal mas... no final não comprei nada.
Ainda houve tempo para dar um saltinho a Londres e à famosa 5th Avenue. Em Londres a única parte engraçada é o típico autocarro inglês parado na rua. A 5th Avenue, ao contrário da realidade, estava deserta. Só via passar um ou outro carro. Dois destinos que não aconselho.
LiliUP Ling | No Athen Shire
13.4.07
LiliUP Ling | RL em SL
A verdade é que originalidade não é muita. Muitos espaços, muitos avatares/pessoas, mas, quando os comparamos entre si e com o mundo real, pouco muda. Há excepções claro, e isto não quer dizer que o SL perca toda a sua graça e genialidade. Mas é uma pena que sejamos incapazes de ser criativos o suficiente para criar todo um mundo novo, desligando-nos daquilo que somos e vemos cá fora. Já citei esta frase e vou repeti-la: ”Second Life is shared imagination”, mas essa imaginação está claramente (e irremediavelmente?) condicionada à nossa experiência real.
Quase tudo o que vemos são réplicas! Os edíficios que, se não são cópias de edifícios reais, podiam muito bem ser construidos neste lado, os comportamentos repetem-se por todo o lado baseados em comportamentos, os próprios avatars são réplicas do ser humano (há excepção dos furrys)! Afinal o SL é uma segunda vida? Ou uma versão da primeira?
O dinheiro entrou em SL e até por lá domina. Se inicialmente via o SL como uma (semi-) anarquia, hoje consigo aperceber-me de como também está marcado pelo capitalismo. Também em SL manda quem tem dinheiro, porque só quem tem dinheiro tem espaços, e nos espaços estão as regras. Tudo se vende e tudo se compra! Com o dinheiro vieram os negócios, todo o tipo de negócios: lojas, casinos, imobiliárias e até prostituição. Já há negócios que funcionam unicamente para e em SL, há pessoas a ganhar dinheiro real que começou por ser Linden Dollars! No mesmo plano, já há igrejas, já há lugar para religião e costumes religiosos. Há centros de yôga, meditação, reiki e um cem número de outras coisas que no fundo não servem para nada, porque nenhum avatar evoluí espiritualmente, pura simplesmente porque não é espírito!!
Apesar de inspirado na RL, está muito longe de ser como a RL! As grandes vantagens: não morremos, não temos fome, nem frio, não temos necessidade de ir ao quarto-de-banho. Não sentimos. Podemos voar e teleportarmo-nos por todo o lado e controlar a posição do sol e as condições atmosféricas! E ao mesmo tempo, que visitamos n sítios diferentes, virtualmente bonitos e envolventes, usufruimos de algumas das inúmeras das vantagens da internet: comuncamos com n pessoas diferentes de todo o mundo, sem sair do sítio! Travam-se conhecimentos, discutem-se temas e descobrem-se pessoas que na RL não descobririamos. Aqui a questão já é outra: Afinal SL é uma segunda vida? Ou um complemento da primeira?
LiaUP Ling | A controvérsia da Voz
A voz definitivamente a está a chegar a SL e muitos residentes afirmam que já não interessa discutir se será benéfico ou não o uso da voz visto que, a implementação desta nova opção já é um facto consumado. Segundo alguns utilizadores o que realmente interessa agora debater é como será feita essa mesma implementação, tecnologia necessária, custos, consequências no próprio programa, entre outras questões de grande importância para todos.
Contudo, acredito que devo aqui expor a minha própria opinião sobre o uso da voz em SL e também a opinião de alguns residentes com quem falei sobre este assunto.
A introdução da voz tem vindo a gerar uma intensa polémica em SL, pessoalmente não vejo grandes vantagens nesta novidade. Acredito que vem tirar grande parte da magia das experiências comunicacionais, acaba um pouco com a nossa liberdade de imaginar quem estará do outro lado, ou simplesmente podemos querer apenas falar com aquele avatar e não desejamos que nada nos ligue à RL e a existência da voz vai fazer essa ligação.
Existe também a questão da nossa própria distinção entre RL e SL, um dos residentes numa discussão em grupo colocou a seguinte pergunta: “Abundant Aldwych: For me this is a second life, if everyone hears my first life voice I can't be as different as I choose, and what kind of voice does a robot or spider avatar have?” isto é um exemplo dos problemas que podem surgir em termos de separação entre a RL e a SL. Se em SL queremos ser algo diferente do que somos na RL e depois usamos a nossa própria voz, a mística quebra-se e essa separação de mundos também. Pensa-se que poderá haver a opção de modificadores de voz, no entanto, ainda não há certezas de como irá funcionar.
Acredito que a introdução da voz crie problemas em termos de comunicação internacional, compreender sotaques pode ser complicado e falar fluentemente línguas que não são a nossa nativa é mais difícil do que escrever aceitavelmente. Para além disso, o uso da voz em grupos vai ser extremamente complicado senão impossível, o cenário seria todos a falar ao mesmo tempo, o que se tornaria caótico.
Ainda existem problemas tecnológicos, visto que a voz será mais uma característica a sobrecarregar o SL. Vão ser necessários mais recursos, mais suporte e acredita-se que vão haver custos para os donos de ilhas.
Segundo Joe Linden a opção de voz estará em princípio ligada a uma parcela de terra e não a um residente individual, então assim sendo será automático. A grelha de SL será voice-enabled por defeito e os donos de ilhas podem decidir ter na sua terra a capacidade do uso da voz activada ou não, isto poderá requerer uma taxa adicional no plano de pagamento.
Com a certeza da introdução da voz, há a preocupação com as consequências no funcionamento do programa
Se quiserem mais informação sobre o assunto ou testar a voz beta deixo o link: http://www.secondlife.com/community/bhear.php
LenitahUP Ling | o avatar e a RL
Já muitos dizem que é cada vez mais difícil separar a Real-Life da Second-Life. Defendem que RL e SL influenciam-se mutuamente. As opiniões só se dividem quando se questiona se isso é positivo ou negativo.
Na verdade são cada vez mais os casos de empresas da RL que resolvem se fazer representar na SL. Até a Greenpeace faz campanhas de alerta ao aquecimento global. Bandas de música saem da garagem e dão espectáculos. A agência de notícias Reuters planeia levar as suas notícias em forma de texto, áudio e vídeo sobre o mundo real para dentro do Second Life. Surge a necessidade de se criar avatares “profissionais”. Avatares que são na maioria uma cópia do que se é na RL. (Talvez) Uma limitação justificada por esse avatar estar associado a um empreendimento com alguma seriedade e com objectivos bem definidos; na sua maioria económicos. Neste caso, é encarado como uma simples extensão do trabalhador que se encontra na empresa, fechado oito horas por dia num escritório. O próprio SL funciona como uma extensão do RL.
Mas e quando o avatar não tem responsabilidades para com instituições ou empresas? Será que continua a ser uma cópia perfeita da pessoa que está do outro lado do computador a “teclar” e a comandar o avatar?
Começo por falar dos avatares que estão no SL em trabalho; que estão associados a uma empresa ou instituição da RL. Por estarem no SL com uma postura mais profissional e menos de entretenimento, esses avatares se calhar não sentem tanto a necessidade de evoluir na sua aparência e na sua postura no SL. Contudo, com o passar do tempo torna-se irresistível comprar umas roupinhas novas já que felizmente isso não implica necessariamente gastar dinheiro ou ajustar apenas as formas do corpo. Mas não só procurando o corpo perfeito ou o estilo mais cool. Também podem optar por uma aparência mais caricata e menos usual. Concordo e até compreendo que não se libertem tanto como outras personagens que passeiam pelo SL muito devido às suas responsabilidades profissionais.
Quanto à personalidade do avatar, mesmo alterando ligeiramente o seu aspecto, continua a necessidade de se manter fiel às suas origens. Os gostos, as ideias, as crenças...continuam na sua maioria iguais ao criador do avatar. Como já tinha referido em cima, neste caso o avatar é em grande parte uma extensão da RL na área profissional e consequentemente nas outras áreas também.
Mas quando o avatar é criado para pleno entretenimento, abrem-se as portas a uma verdadeira Second-Life. Não concordo com as pessoas que dizem que se mantêm exactamente iguais na SL e na RL. Se considero isso muito difícil para aqueles que têm certas obrigações profissionais no SL, considero utópico quando falamos de pessoas que buscam puro entretenimento.
Em primeiro lugar, o aspecto do avatar. Apesar de ao entrarmos no SL escolhermos um dos avatares disponíveis, podemos depois modificá-lo totalmente. Considero aqui três hipóteses diferentes:
- O avatar segue os traços principais do aspecto físico do seu criador como por exemplo a cor do cabelo, da pele e dos olhos. Aqui acho quase impossível não se fazerem pequenos retoques que favorecem o avatar; retoques que possivelmente são desejados na RL. O mais certo é um avatar feminino ter sido criado por uma mulher da RL e um avatar masculino ser criado por um homem na RL.
- O avatar quase nada tem a ver com a RL. Não precisa de ser necessariamente um avatar perfeito. Pode ser um avatar baixo, gordo e com um nariz enorme; uma caricatura do “criador” do avatar ou outra coisa qualquer. Contudo também pode ser uma linda rapariga de cabelos esvoaçantes ou um rapaz todo musculoso com pinta de surfista. Aqui um avatar masculino não tem necessariamente de corresponder a alguém da RL também do sexo masculino.
- O avatar nada tem a ver quer com a pessoa da RL que está por trás dele a manipulá-lo. Abrem mão de uma figura humana. Aqui dão asas à imaginação e tudo é possível. Podem optar por encarnar um ser alienígena. A maioria dos que optam por ter um avatar sem traços humanos, tornam-se animais comuns comos gatos, galinhas... Mas também ainda encontramos a circular pelo SL robôs ou sereias... neste caso a imaginação é realmente o limite.
Falamos agora da personalidade do avatar comparando-a à personalidade do seu “criador”. Neste caso considero duas hipóteses quando se entra no SL. Ou queremos levar a nossa personalidade da RL para a SL ou desde o início mudamos a nossa atitude e maneira de ser e pensar. Não temos de ser no SL necessariamente alguém que gostaríamos de ser na RL. Podemos mudar a nossa personalidade; ser simplesmente alguém diferente e tirar proveito de todas as potencialidades que o SL nos oferece.
E para concluir quero só falar um pouco do meu exemplo. No princípio pensei que a LenitahUP Ling seria algo semelhante à Helena Borges. Mas logo na manipulação do aspecto do avatar percebi na liberdade que o SL me oferecia. Apesar da minha presença no SL ser um misto de institucional e entretenimento, posso dar asas à imaginação até certo ponto. Aos poucos assisti ao distanciamento cada vez mais visível entre a Lenitah e a Helena. A Lenitah, apesar de ter uma figura humana que penso manter, usa muitas vezes acessórios. Descobriu uma paixão por asas de todos os tipos; asas de anjos, asas de borboleta... A Lenitah também é desinibida e até se desenrasca bem no inglês. A Helena tem vergonha dos erros que pode cometer e não fala inglês com qualquer pessoa. A Lenitah adora fazer surf e windsurf. A Helena não tem jeito nenhum para desportos radicais. E muitas mais diferenças se podiam nomear. E estou convicta que quanto melhor conheço o SL e mais vezes vou dando vida à Lenitah ao frequentar o SL, mais diferentes se vão tornar a Helena e a Lenitah.
SylviaUP Ling | Aprender em SL
Sempre que um novo meio de comunicação social surge no seio da sociedade são-lhe apontadas como intrínseca função e motivo da sua invenção a transmissão da informação, do conhecimento, da cultura e das artes a todas as pessoas. Um bom exemplo é a televisão: quando este meio de comunicação social surgiu, todos acreditaram que não haveria uma única pessoa inculta à face da Terra, pois a “caixinha mágica” levaria a cada um de nós o conhecimento e a informação, aos quais a maioria (analfabeta) não tinha acesso através de livros ou jornais.
Algumas décadas passaram, e hoje sabemos que tais previsões não se concretizaram.
Hoje o mundo globalizado tem como principal meio de informação e comunicação a Internet (pelo menos o Ocidente liberal e capitalista). Como optimista que sou, vejo com bons olhos e de forma entusiástica a Internet como meio livre e acessível de difusão da cultura, conhecimento e da comunicação entre os Povos.
Fazendo um esforço para fechar os olhos a outras coisas menos positivas que proliferam pelo Second Life, agrada-me considerar este ambiente virtual e social como uma ferramenta de uso pedagógico e educativo. Porque todos estamos perto uns dos outros, porque todos estamos contactáveis, porque todos comunicamos.
Transpor o espaço da aula física e convencional para uma aula virtual passada no Second Life tem sido uma agradável e entusiástica experiência para mim. Para além da proporcionada maior proximidade entre professor-alunos, todos estamos “conectados na aula” a todo o tempo, sem quase darmos espaço a distracções, pois todos estamos “pregados ao ecrã”, à espera desta ou daquela resposta, deste ou daquele gesto.
Falando mais pessoalmente, este tipo de “conversa multilateral” em que as nossas aulas se transformaram (em vez dos monólogos teóricos protagonizados pelo professor, típicos das aulas convencionais) proporcionam-me uma maior desinibição e à-vontade para opinar, questionar, levantar assuntos. Acredito que estas tais “conversas multilaterais” desafiam permanentemente o nosso espírito crítico e apelam beneficamente a uma maior capacidade de assimilação, raciocínio e reflexão. As minhas colegas de turma partilharão desta opinião: estamos muito mais concentradas nas matérias apreendidas virtualmente no Second Life do que nos assuntos que formam a base dos tais monólogos dos professores, já acima referidos. Até mesmo o facto de termos um avatar através do qual podemos exprimir gestos, estilos de vida e personalidades “liberta-nos” dos nossos bancos de anfiteatro típicos das aulas convencionais.
Além disso, parece-me que o professor é cada vez menos professor, e os alunos são cada vez menos alunos, pois todos nos sentimos libertos para afirmar e contrariar, para aprender e para explicar. A matéria é recebida, rapidamente assimilada, e logo debatida, discutida, talvez potencializada com um ou outro contributo interessante e benéfico dado por um de nós, alunos.
Outro aspecto que quero referir é a possibilidade de podermos receber conhecimento vindo de outros espaços, de outras Universidades existentes fisicamente pelo Mundo, e existentes virtualmente no Second Life; podemos “sair da nossa sala de aula”, e buscar outros conhecimentos adicionais ou sobre os mais diversos assuntos.
Já que vivemos numa “aldeia global”, tiremos o melhor proveito possível dela. Que o conhecimento e o saber estejam acessíveis a todos aqueles que o desejem. Que as Universidades e outros locais de ensino e divulgação de cultura e saber se sensibilizem e se interessem por estes ambientes virtuais, onde o conhecimento e a informação podem ser partilhados, em vez de viverem restringidos aos seus cinzentos edifícios e confinados aos seus alunos matriculados.
Que a “aldeia global” não sirva apenas os interesses económicos das elites, mas que permita uma maior difusão do conhecimento, da cultura e da informação a todas as pessoas. O Second Life pode ajudar! Pena é que o acesso à Internet esteja confinado a uma pequena minoria da população mundial!
12.4.07
PalUP Ling | Visita à UA em SL
11.4.07
PalUP Ling | Plaza Real | Barcelona
10.4.07
PalUP Ling | TV em SL
PalUP Ling | Deambulações Pascais
- uma visita fascinante ao StarWar Museum, um sítio fantástico onde, entre outras coisas, pude assistir ao filme original (vai um snapshot muito reality mixed)
- uma sessão de teórica de FenShui, muito zen,...
- um concerto ao vivo num local paradisíaco! Pouco ppl, mas com um cenário destes quase me esqueci de ouvir o cantor (um homem de baladas texanas...)
- um espectáculo de Ballet que NÃO ACONTECEU! Acreditem, mas, mais grave ainda, num dos auditórios da IBM! Ou não pagaram o cachet aos bailarinos, ou houve algum problema de horários :) Fui lá através da pesquisa de eventos em SL, que anunciava o espectáculo para as 24:oo GMT! E, como vêem, eu não estava sózinho! E o promotor do evento estava offline! A ideia era excelente, e esperei algum tempo para ver como se comportavam os artistas... bad luck ;)