Nunca tinha ouvido falar de "Second Life" antes da primeira aula de Hipermédia e Estuturas Narrativas. Quando o professor nos perguntou se sabíamos o que era ou se já possuíamos uma conta e um avatar no "Second Life", pareceu-me interessante o nome: "segunda vida"...quem não gostaria de ter uma segunda vida, onde pudesse fazer e ser aquilo que não pode na "primeira vida" - a vida real? O conceito agradou-me de imediato.Criei então o meu personagem. Não consegui distanciar-me muito da minha aparência física, talvez por ainda não estar suficientemente consciente de que o "Second Life" nos permite verdadeiramente uma "segunda vida", que pode ser completamente diferente da vida real.
À medida que fui conhecendo locais e viajando através do vôo do meu corpo, apercebi-me das várias potencialidades de que poderia usufruir para escapar à realidade e ao quotidiano terrestre. Fui a sítios onde pude fazer coisas que me interessam e inspiram (por exemplo, "Philosophy House") e que não existem em qualquer esquina da minha cidade. Adorei percorrer locais onde se pode discutir filosofia, tomar banho em banheiras da antiguidade grega e até tocar piano! Conversei com outras pessoas com gostos semelhantes e com o mesmo intuito: escapar à realidade.
A possibilidade de voar também me agrada muito, tal como percorrer espaços que não existem no sítio onde vivo verdadeiramente, nem sequer no planeta. Também me entusiasmou muito o facto de ninguém me perguntar quem sou e de onde venho, como se a verdadeira vida fosse a "second" e não a real!
Ainda não vivenciei certas coisas existentes no "Second Life" tais como ganhar dinheiro ou fazer negócios. Ainda me sinto maravilhada apenas passeando e voando por diferentes e belos locais, ou falando com outras pessoas e até mantendo um contacto visual com gestos com elas. Aqui está aquilo que mais me fascina e me parece inovador no "Second Life": a possibilidade de percorrer espaços tridimensionais e falar com outras personagens como se estivesse dentro do espaço. Nenhum chat me possibilita tal.
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