Dia 12 de Março estivemos à conversa com Eggy Lippmann, residente em SL desde 2003, no Sunbelt Sofware Auditorium. Quando inicialmente tomou conhecimento da existência do SL ficou com a sensação que seria um espécie de jogo mas menos limitado, o que logo captou a sua atenção visto que os jogos não permitiam muita liberdade criativa, nem davam hipótese de explorar todos os locais que ele pretendia. No entanto, à medida que foi conhecendo as potencialidades do SL apercebeu-se que de não era um simples jogo “irritava-me o facto dos jogos me removerem toda a liberdade criativa …o Second Life é inteiramente criado pelos utilizadores”.
Desde 2003, o SL tem vindo a sofrer bastantes mudanças. Eggy acredita que a introdução do capitalismo foi um dos principais incentivos para o desenvolvimento do SL “Acho que a introdução do factor capitalismo teve um impacto enorme na cultura das pessoas aqui…bom, e claro que se não houvesse a possibilidade de ganhar dinheiro nisto, não haveria incentivo para produzir coisas de qualidade… o dinheiro foi historicamente o vector de impulso que pôs o SL nos ecrãs de milhões de pessoas”.
Eggy confessa não viver em SL com uma personagens diferente, não pretende ter uma vida imaginária, nem ser algo que não é na vida real. Contudo, em relação a espaços acha que não devem ser uma cópia do que vemos na RL “acho que basicamente o ser humano não consegue facilmente criar algo "de raiz", inteiramente novo. Temos sempre um ponto de referência no qual introduzimos variações, mesmo que seja subconsciente. As pessoas mais criativas desviam-se mais, as menos constroem casas com WC e microondas” Eggy afirmou ainda que gostaria de ver uma ilha onde todo o espaço fosse uma árvore oca e os avatares se vestissem como pássaros.
As relações interpessoais na Internet são sempre tema de debate quando falamos sobre sistemas que permitem o “chat”. Para Eggy é mais fácil criar amizades profundas na Internet, já que as pessoas estão mais receptivas e falam mais sobre si próprias.
No que respeita às perspectivas para o futuro de SL, Eggy acredita que as pessoas vão continuar a fazer o que têm vindo a fazer até agora, mas a grande inovação será no conteúdo profissional. Já existem alguns concorrentes do SL, o World of Kaneva e o Home, segundo Eggy “falta-lhes a liberdade de criar o que quisermos… são mais chat 3D” e como afirmou Eggy o SL vai sobreviver mesmo que não seja o mais popular dos mundos virtuais.
Aqui fica o link para verem algumas fotos desta conversa http://www.slideshare.net/hipermedia2007/conversa-com-eggy-lippmann
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